domingo, dezembro 21, 2008


E porque é tempo de festas. De boas festas (!), de nariz sujo de branco, de sorrisos e abraços (mais ainda), as palavras sabem a pouco, perante o "doce" da época. Saiem desajeitadas, insossas. É tempo de sentidos fortes. De açucares nos olhares. De cheiros fortes de fogão. De azáfamas apressadas e nervosas.
E as palavras perdem, nesta batalha. Ficam apenas, sentadas, assistindo, descrevendo, olhando. Mesmo assim, insisto nelas. Desenho-as com cuidado. Dobro-as. Talvez lhes ponha um laço. Ponho-lhes um vocabulário de festa. Uma gramática “de sair”. Talvez inventar uma outra palavra (das que não vêem no dicionário), alusiva à ocasião.
E assim por palavras de risco ao lado, perfiladas, desejar-te ( a ti primeiro), o Céu. O máximo. Tudo. Apenas isso.